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O que é mais importante?

Passamos a vida inteira atrás daquilo que é mais importante ou daquilo que chamamos de "necessidade". A psicologia comportamental diz que somos definidos segundo aquilo que necessitamos dentro de uma escala de prioridades, partindo do mais básico ou fundamental até as mais altas aspirações ou ideais. De um jeito ou de outro, nos dirigimos para a conquista dos nossos objetivos de vida, acreditando que um dia encontraremos a felicidade e a realização.

A felicidade só poderá existir quando se acreditar profundamente que, ao alcançar algum objetivo de vida muito importante, haverá uma satisfação plena. Na verdade, isso é tão subjetivo e relativo quanto amar alguém, ou seja, nunca se sabe se o amor ou a felicidade são reais ou verdadeiros. Isso ocorre devido à falta de conscientização por parte daquele que estabelece um valor para tal necessidade, desejo, vontade ou ideal.

Por causa dessa consciência relativa, e também pela pressão da sociedade em que vivemos, todos nós somos inclinados a pensar que o mais importante é atingir as necessidades mais básicas em primeiro lugar, o que poderia ser: moradia, bem estar, saúde, alimentação, vestuário, transporte, sexo e dinheiro. No entanto, nada disso tem valor algum para o espírito, e sim para o instinto de sobrevivência. Por se tratar de ser o mais básico e fundamental para a sobrevivência humana, e às vezes, por ser muito difícil suprir todas as necessidades, acaba virando grandes objetivos de vida. Por se tornar um objetivo importante é natural que o ser humano dê um grande valor a isso e passe a viver em função desse mesmo objetivo. Isso é, sem dúvida, “sobreviver”. É um grande erro acreditar que, ao atingir os objetivos que são baseados na necessidade, isso trará felicidade. É mais correto afirmar que ao tentar alcançar esses objetivos, o ser humano obterá somente dois tipos de resultados: a satisfação ou a frustração. Jamais poderemos alcançar a felicidade plena ou a realização através da conquista dos nossos objetivos relacionados às necessidades e ao instinto de sobrevivência.

Toda e qualquer necessidade cria um vínculo natural com os nossos instintos de sobrevivência e de sustentação da vida, e enquanto estivermos vivos, sempre teremos o "desejo" ou o "impulso instintivo" de querer satisfazer continuamente essas necessidades. Por exemplo, se nós temos fome hoje, certamente teremos amanhã, e assim por diante. Se comprarmos uma casa para morar, depois de certo tempo teremos a necessidade de comprar uma mais adequada às necessidades momentâneas. Quando envelhecemos, temos a necessidade de buscar alternativas para aparentar ser mais jovem ou com mais saúde e beleza. A necessidade sempre será uma constante em nossa vida e intimamente ligada ao “tempo de vida”. A grande questão que nos impede de alcançar a felicidade e a realização é a ilusão de que poderemos em uma só vida alcançar todos os objetivos de acordo com as necessidades. Isso é uma verdadeira utopia, pois o ser humano gasta a maior parte do seu tempo fazendo coisas que não acrescentarão em nada, na sua busca interminável por “felicidade”. A grande maioria gasta o seu precioso tempo em “obrigações”, como: estudando numa faculdade que na verdade, não seria essa a dos seus sonhos (5 anos de vida dedicados aos estudos para acabar trabalhando em outra área); trabalhando para os outros sem ter retorno ou reconhecimento (a maioria recebe um salário mínimo por um mês de vida); gostando de alguém que não dá a mínima (alguns ou muitos anos de vida em um casamento por comodidade); morando num local sem muitas opções ou condições (toda uma vida morando em um só lugar por conveniência). Esse tipo de condição humana, a de “sobreviver” em vez de "viver", pode gerar grandes conflitos internos, resultando nas diversas doenças e mazelas, que acabam por destruir ou corromper o modo como se vive.

A consciência é tudo o que temos para descobrir o que queremos da vida. Por isso que o autoconhecimento é importantíssimo para o ser humano. Sem ele não saberemos do que somos capazes de fazer ou de realizar. Mesmo sabendo do que somos capazes, às vezes não é o suficiente. Descobrir sobre o potencial humano de realização implica na utilização da “vontade”, o que é bem diferente do “desejo”. É a força de vontade que direcionará o ser humano para o seu real e verdadeiro destino, e isso é a verdadeira “realização” ou “felicidade” plenas.

A vontade é um dos quatro atributos do Mago, o primeiro arcano maior do tarô. Este arcano nos ensina que o mais importante é saber o que se quer da vida, aquilo que o “espírito” tem vontade de fazer enquanto encarnado. Em outras palavras, o mais importante é o espiritual e não o material. Com isso, não se deve negligenciar a vida material, o que é também importante para a subsistência. Mas, o que não é aconselhável é a dedicação em tempo integral à vida material. A vida física só serve para suporte do espiritual. Quem está no comando é o espírito e não o corpo. Isso quer dizer que é para a vida espiritual que devemos nos reportar, nos dedicar e lutar, deixando o próprio universo (natureza) se encarregar do suporte material. As necessidades fisiológicas e materiais sempre chamarão mais atenção, mas o maior valor que se pode atribuir é ao espírito, a essência de todos nós, aquilo que diz quem realmente somos e o que realmente viemos fazer aqui na Terra. Não é à toa que o tarô nos ensina que a vontade espiritual é uma das principais armas para realizar toda e qualquer forma de magia (transformação das realidades), e principalmente, o melhor meio de alcançar a realização e a felicidade.


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